segunda-feira, 23 de novembro de 2009

9va sapiens

Estamos pensando em fazer um documentário sobre um certo grupo de pessoas, um grupo aparentemente oculto pela sociedade, algo que a cultura de massa não vê.
Pensamos nos cobradores de ônibus, que depois do bilhete único, bem, falam ainda menos. Uma prova de que a tecnologia nos distancia cada vez mais do contato com humanos. Você alguma vez já perguntou para o cobrador de ônibus se ele estava bem? Essa é uma pergunta que invade nossa imaginação para pensarmos na quantidade de respostas que ele poderia dar:
-Sim (não estou com paciência para conversar)
-Estou bem sim e você? (E começa-se um diálogo perguntando como foi aquele dia até vocês dois se encontrarem)
-Não estou bem. (O que desperta a curiosidade de saber o por que)

Mas é estranho, se fizéssemos essa pergunta, com certeza ele estranharia. O que fizemos com o mundo? Nos tornamos um pouco egoístas eu acho. Queremos saber dos nossos amigos. Apenas o que nos pertence nos produz vontade de cuidar. São poucas as pessoas que dedicam suas vidas a fazer coisas para pessoas que não conhecem, conversarem com alguém sem querer ter um interesse próprio.
Uma das melhores coisas da vida é sentar do lado de uma velhinha no ônibus e de repente ouvir “Acho que vai chover não acha?” Muitos perdem a oportunidade de conhecer alguém novo e apenas respondem “Uhum”. Para mim não, essa simples pergunta de um desconhecido para mim já é uma brecha para se iniciar uma longa conversa. O que se ganha com isso? Nunca se descobre se não se tenta.
Isso é tão comum nos bares, onde o pessoal vai assistir um jogo de futebol, todos estão quietos sem se interagirem até que um grita “Juiz filho da puta” e logo o do lado concorda, e já chega mais um para começar uma discussão saudável (já que brasileiro é um povo “pacífico”) e até o final do jogo todos estão conversando.
Citei o exemplo de homens pois são mais difíceis de se interagirem, mulheres se interagem fácil em um salão de cabeleireiro assistindo a novela da globo.
Essas pessoas se interagem pois tem algo em comum entre si, e sabem disso. Mas voltando ao exemplo da velhinha: O que você tem em comum com ela? Sei lá… Acho tão bom saber. E se vocês não tiverem nada em comum? (impossível) Quantas coisas novas poderíamos aprender um com o outro.
Depois que agente fica velho agente perde o medo, a vergonha, essa coisa besta, depois de longos anos aprendemos que certos valores que a sociedade nos impôs, bem… agora… não servem mais de nada. Nossos pré-conceitos, agora já viraram pós, agora não tem mais tanto valor quanto dávamos a eles, pegamos nossos preconceitos, trabalhamos eles e os resolvemos.
Todos carregam duvidas durante a vida, perguntas que martelam e martelam em nossas cabeças que nos fazem buscar algo a mais da vida que nos foi recebida, um objetivo, uma razão. Mas onde encontrar as respostas? Quando pensamos que elas nunca terão uma resposta, as vezes a senhora que sentou-se do seu lado no ônibus, será a pessoa que melhor te ajudará a se guiar pelo caminho chamado VIDA.

domingo, 1 de novembro de 2009

Você conhece a empresa Zynga

Bom, essa é a emprega que está crescendo no mesmo ritmo que o google, ela faz nada mais nada menos do que aplicativos que estão dentro de sites de redes sociais, a Zynga.
Certo dia estava eu conversando com meus amigo sobre a modernidade líquida, as efemeridades e tudo mais, e eu como tenho acesso a todas as porcarias de melhor qualidade que estão acontecendo no mundo hoje eu fui vendo o nível de coisas efêmeras que ele conhecia fazendo perguntas do que ele conhecia ou não… e por ai foi: Orkut, Boddy Poke, My Space, Twitter, Face Book… todos esses ele conhecia, até eu dizer do Mafia Wars e do Farm Ville. Ai eu indignado tive que contar pra ele do que se tratava.
FarmVille” (61 milhões de usuários) e “Mafia Wars” (25.8 milhões), os mais populares apps no Facebook.
Dado esse que está na revista “businessweek
Eu não jogo nem vou jogar esse tipo de joguinho… eu acho perca de tempo. Mas quem sabe se meu tempo fosse um pouco mais longo, eu não jogaria também? Receita fácil essa, juntar várias pessoas jogando a mesma coisa, ter como objetivo subir de nível e o melhor de tudo, “de "graça” (tirando os intens que você pode comprar com seu cartão de crédito). Eu acho muito louco isso, dá pra se fazer uma grande análise das pessoas envolvidas nisso. Os caras que pensaram em criar tais programinhas, as pessoas que jogam, o que pensam, o tipo de público…
Eu seria hipócrita se não dissesse que daqui a 3 anos eu talvez esteja com meu “I-Phone” no metrô perdendo meu tempo jogando esse tipo de joguinho que te leva do nada a lugar nenhum. Isso é maravilhoso, sair uns segundos da realidade, fugir do mundo, isso se chama válvula de escape. Somos panelinhas de pressão, quanto mais coisas estamos envolvidos que exigem responsabilidade, maior é a pressão, e mais rápido vai girar o pino da nossa panela. Agora ser o tipo de pessoa que quer passar o dia todo nesse tipo de coisa, fugir do mundo real… bom, a pessoa precisa de ajuda. Mas quem é que não tem um amigo assim?