quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mugon: Companheiro de caminho

Mugon: Companheiro de caminho: "Das horas somadas Juntas, trabalhadas Moldando pensamentos Em argila imaginária Assim se cria laços Abraços e apertos de mão Conduzidos por..."

Giuliano Di Sevo escreveu esse poeminha durante uma madrugada. Depois de trabalharmos o dia inteiro juntos tirando fotos para um catálogo de moda. Acho que isso me leva a crer que o dia foi a inspiração para este texto sobre a amizade.

Me fez lembrar o Ryuusei Matsuri onde ele realizou um evento para arrecadar fundos para seu grupo de Taiko. E um dos brindes do evento, entre outras coisas foi um cartaz que eu criei que pode ser visto logo abaixo.

Liberdade, eu vivo a minha - Árion Aleixo


Qual a última vez que teve ciência de que era livre? E consciência??

sábado, 18 de setembro de 2010

FILE 2010 - International Style


FILE 2010 - International Style
Originally uploaded by Árion
Cartaz baseado no estilo Suiço. Grid bem marcado, peça construtiva, racionalista, espaço vazio pensado. Uma peça construtiva, ou seja, planejada antes de ser realizada.
Cartaz criado para aula da faculdade.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pensamentos sobre a vida

Sabe... sinceramente gostaria de poder organizar meus pensamentos para lhe dizer o que penso, mas provavelmente eles irão embora por estarem muito dispersos... e ai não vou conseguir dizer nada.

Com certeza isso já aconteceu com você também não é? Então veja alguma outra postagem minha.

domingo, 12 de setembro de 2010

Ryuusei Matsuri


Estava sentado pensando na vida em minha cadeira quando de repente @Giudisevo aparece do nada e fala para mim e mais dois amigos: Façam um cartaz de tema livre para ser sorteado no Ryuusei Matsuri, na Liberdade.
Então, resolvi usar o fim de semana para pensar e rabiscar essa coisinha que aparece na imagem a cima. É uma aquarela em canson, materiais que AINDA não tenho domínio.
Mas esse não é o cartaz final (eu acho), vou buscar criar algo melhor. Mas o que é mais bacana para quem está começando é essa questão de uma de suas obras estar em um evento para ser entregue a alguma pessoa aleatória, que você não faz idéia de quem seja.

O evento:

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Não chefiar, liderar

Liderança em uma equipe de design:

Procurando um fator para se avaliar o desempenho de um líder de uma equipe de designers, podemos tomar como observação a equipe liderada por ele e as características do próprio líder (como de onde ele veio, o que já fez em sua vida, como chegou a tal cargo, algumas de suas características e linhas de pensamento).

Os liderados podem julgar seu líder como ótimo por motivos como:
- A sua postura adotada diante a equipe;
-O clima de confiança que os liderados sentem em sua presença e ausência; 
-O respeito mútuo entre colaboradores e entre líder e comandados;
-Pela empatia criada a partir do compartilhamento de mesmas experiências;
-Defender os mesmos valores (fazendo com que colaboradores se identifiquem);
-Valorizar a dedicação;
-Cumprir metas (no prazo);
-Fazer o que diz/prega juntamente com os liderados,
-Privações em pról da equipe (sacrifício percebido pelos colaboradores).

Porém estes são fatores que fazem com que um líder seja bem visto por sua equipe, porém isso não significa alcançar excelência na realização de um projeto. Ser considerado um bom líder não significa que dessa forma você consiga entregar o melhor projeto para seu cliente. Isto é apenas chefiar uma equipe, e não ser LÍDER.

Não chefiar, liderar!

Não é necessário apenas observar as necessidades da equipe, mas também deve-se observar com cuidado quem são os clientes que este líder irá atender. Quando um cliente lhe contrata ele deposita em você (líder/empresa) a sua esperança. Ele acredita que você será a solução do problema dele, e é por isso que a equipe deve estar alinhada com as expectativas/necessidades do cliente. Para que haja o balanceamento entre líder, equipe e cliente. Ou seja, não basta ter a melhor das equipes, um dos fatores que devem estar na cabeça da equipe antes de começar um projeto de design é pensar como satisfazer as necessidades do cliente. Em um ambiente competitivo, pensar antes as reais necessidades do cliente e saber se a equipe poderá estar capacitada para satisfazer plenamente o cliente pode ser o fator chave entre a aprovação do cliente ou sua rejeição sobre um projeto.

Na realização de um projeto de design gráfico e outros tipos de projeto, o cliente tem que perceber que você tem o "talento" em suas mãos. Porém isso nada mais é do que ter uma equipe que estava consciente com os objetivos do cliente e assim melhor direcionou o projeto. Que o líder deve conhecer o cliente, isso é fato, porém ele também deve conseguir captar a essência de seu cliente e transmiti-la para sua equipe.

O líder tem o papel de ao pegar um projeto, não montar a sua equipe com quem ele quer, com as pessoas que gosta de trabalhar sempre, as pessoas que se dá melhor. O líder deve montar sua equipe com quem ele precisa, ou seja, as pessoas que contém os talentos necessários para o sucesso da realização do projeto.

Trazer para seu projeto as pessoas que você conhece bem o trabalho e que está acostumado a trabalhar facilita o processo produtivo, e muito, porém trazer para o projeto pessoas parecidas com você pode atrapalhar e muito o "cumprimento de suas metas".

Pensando deste modo, conseguimos ver um caminho difícil a se seguir que é o de trazer pra sua equipe não seus amigos, mas sim pessoas com os talentos necessários para a realização do serviço. Seria fácil este caminho, porém não é pois muitas vezes essas pessoas não estão alinhadas. Ou seja, não tem o mesmo comprometimento, a mesma garra, disciplina, vontade do que você para a realização do projeto.

Então a partir disso, o líder ao escolher sua equipe "talentosa", tem a tarefa de conseguir seduzi-los e fazer com que eles se apaixonem pelo que irão realizar. Ao integrar no projeto as pessoas com os talentos necessários, deve-se exigir delas disciplina e comprometimento com você, toda a equipe e o projeto.

O mais importante no projeto é cumprir as exigências do cliente superando suas expectativas e isso apenas é possível montando uma equipe com os mais talentosos. Neste momento que se diferencia o chefe do líder, enquanto o chefe escolhe os profissionais que confia e que já está acostumado a trabalhar junto para a realização do projeto, sendo esses algumas vezes medianos para a realização do projeto; o líder escolhe os mais talentosos (mesmo sendo problemáticos as vezes) que são as pessoas que realizam as tarefas com excelência.

Colocar no projeto pessoas que não se conhece direito ou com alguns defeitos, porém necessárias, é um risco. É tarefa do líder "alinhar" estas pessoas talentosas. As vezes sua equipe que realizou com excelência um projeto, não necessariamente fará o mesmo em outro por este motivo. Isto é cair na zona de conforto, é achar que se sua equipe é boa, ela o será sempre. Se hoje ela foi a melhor, isso significa que os ideais/pensamentos entre cliente, líder e equipe estavam alinhados. Porém não pode se esquecer que o cliente sempre muda, e o projeto é outro. É um exercício de sensibilidade. Sentir o cliente e o projeto para ter a percepção de quem serão os componentes da equipe.

Despertar espírito de equipe, comprometimento, disciplina e outras qualidades em pessoas talentosas é uma difícil tarefa do líder, porém e despertar talento em quem não tem, isso não existe.
O mercado está cheio de designers que ficam em uma busca incessante por oportunidades, são sim contratados para alguns serviços ora ou outra, porém a chave para estar integrado na melhor equipe é ter talento, pois este fator é o que os verdadeiros lideres admiram. Talentos nos dias de hoje é algo escasso, é a velha história de que “no Brasil tem emprego mas não tem mão de obra qualificada”.

É o papel do líder manipular/dirigir/conduzir os talentos de cada um de sua equipe por um caminho chamado "sucesso no projeto". Quantos designers já não passaram na minha frente com talentos nunca vistos antes, porém não são bem aproveitados pois não são contratados por lideres, e sim por chefes. São designers que tem muito talento, porém esquecem de administrar sua vida profissional e acabam caindo em mãos erradas tendo seus talentos ocultados.

É a diversificação de visões que faz com que se criem discussões, ampliando as opções, acendendo a criatividade em todos que participam do processo, diferentes pontos de vista sobre a mesma questão faz com que novas alternativas sejam criadas. Por este motivo não se deve chefiar um grupo de pessoas da qual lhe entreguem tudo que você pedir, deve-se liderar uma equipe da qual questione suas idéias iniciais para um crescimento interior de todos que estão contidos no conjunto.

Texto:
Árion Aleixo