domingo, 18 de outubro de 2009

Estranho

Não consigo entender como as pessoas mudam tão rápido de opinião sobre certos tipos de assunto. Deve ser o tipo de mídia que ela recebe a informação, que por sua vez já vem mastigada. As pessoas como gostam de informação mastigadas, e quanto mais mastigada, mais fácil de entender, acabam adquirindo como delas a postura adotada pelo emissor da informação.
Um bom exemplo é a corrida de Fórmula 1, onde o Rubinho sempre foi tachado de “tartaruga” e era motivo de chacota nacional. Agora o cara aparece nos jornais em um grande espaço de uma página do jornal que mostra que ele vai largar em primeiro lugar, e pra completar vem as mídias televisivas dizendo “vamos torcer pelos nossos pilotos (Rubinho) na corrida de fórmula 1!!!” Ai junta-se a família toda num domingo de sol para ver o Brasil ganhando (ou não) na corrida transmitida pela Globo. Tem gente que dá nome de “hipocrisia” a isso. Mas eu não sei, é falta de identidade mesmo, é a vontade de querer ser aceito na sociedade, então “você” acaba se adaptando ao senso comum.
É ruim mudar tão rápido de opinião, assim torna-se mais fácil manipular um indivíduo.

2 comentários:

Giuliano Di Sevo disse...

Nosso querido amigo Bauman disse uma vez sobre o momento efêmero que vivemos.
"Revogação dos valores vinculados respectivamente à duração e à efemeridade. é a degradação da 'duração' elevando a efemeridade".

Somos hoje um mix de consumidores e produtos. Temos que vender o nosso peixe, independente do modo, para que, assim como um produto, permaneça à frente na prateleira. Temos que ser vistos, ouvidos, cheirados, e pegos. Do mesmo jeito fazemos com os produtos. E do mesmo jeito os produtos fazem com a gente.

Guttwein disse...

HA! Basta olhar para os pseudo-políticos que cá habitam nesse país! Impressionante como hora a idéia de ser do partido comunista é o máximo, porém, daqui a pouco, o partido verde torna-se mais viável, depois, o PMDB é que é a bola vez ¬¬

Essa infelidade partidária é o fim da picada!
Se bem que, num país como esse, com uma população inerte e analfabeta funcional, quem é que se atenta a isso? Quem lembra o nome do ultimo vereador a quem concedeu seu voto? Por isso as coisas estão como estão...

Em tempos onde as fontes de informações estão cada vez mais diversificadas e interativas, aqueles tais 10% de utilização do cérebro acabarão atrofiando... ninguém mais se debruça sobre livros para pesquisar nada(por exemplo), basta jogar no google, mudar uma fonte e atribuir a si a criação...rs ¬¬

Até que ponto a modernidade ira nos ajudar não é mesmo? Sem critério, o futuro tende a ser ainda mais tenebroso...