terça-feira, 19 de abril de 2011

Resenha: Mino Carta - Programa Provocações

Segue aqui uma resenha que realizei da entrevista de Mino Carta no programa Provocações da TV Cultura onde ele expõe um pouco de seu pensamento sobre os grandes meios de comunicação. Como estudantes de design, designers que somos, é extremamente importante entendermos como é o processo da produção de informações nos grandes meios de comunicação.

Os vídeos da entrevista estão divididos em 3 partes e podem ser vistos abaixo de meu texto.


Tema da Resenha:
Entrevista de Mino Carta no programa Provocações








O programa Provocações que tem como seu apresentador o ator e diretor Antônio Abujamra entrevistou em março de 2011 o jornalista Mino Carta, nascido na cidade de Gênova, na Itália e residente no Brasil há sessenta e cinco anos. Ele criou importantes publicações nacionais como as revistas Veja, Isto É e Quatro Rodas e o Jornal da Tarde de São Paulo. Porém se demitiu de todas suas crias/empresas citadas acima. Entre outras coisas, o assunto principal da entrevista é sobre a carreira e vida de Mino Carta no país com ênfase no mesmo explicando como é o real funcionamento da imprensa no Brasil.

Mino Carta é um formador de opinião e empresário nato, uma pessoa de visão. Como pode ele ser o responsável pela criação de mídias tão importantes no país e ao ver que não estava se contentando com suas publicações, ter se demitido delas próprias? O vídeo não explica se ele saiu desses canais de comunicação pois no passado agiu como um mercenário que trabalhava para quem lhe pagasse, ou se o motivo de seu afastamento foi não agüentar viver nesta podridão que é a “grande mídia”.

Carta conta na entrevista que o jornalista deveria ter ética, porém no Brasil esta é uma qualidade rara na profissão. Para ele a imprensa brasileira na maioria das vezes é unilateral, ela é dominada pelo pensamento único. Porém ele mesmo se julga como exceção, contando que ele próprio se considera um jornalista ético. Para Mino Carta o jornalismo nacional é “muito ruim”, “você fica com pena” se confrontar um jornal americano e um brasileiro. Isso acontece pois quem controla o que será divulgado ou não são os donos dos grandes meios de comunicação; e o jornalista, com medo de perder o emprego, acaba sendo tendencioso na hora de produzir uma matéria, porém Mino Carta expõe que não são todos os jornalistas que se rendem a essa censura imposta pelos patrões e “existem jornalistas de valor que fazem seu serviço com honra”, porém são uma minoria.

Seguindo o pensamento dele, o povo acredita no que é dito pelos grandes meios de comunicação e não questiona, toma aquilo como verdade. Existem diversos tipos de pensamentos sobre um determinado assunto, porém no país só é mostrado o pensamento do dono do grande meio de comunicação.

Ao falar sobre a juventude, Mino Carta diz que ela está muito presa à internet usando como exemplo a quantidade de pessoas gordas que se vêem nas ruas. 


A afirmação de Carta não é completa, ele não discute que existe uma minoria de jovens que sabem que a internet, por ser um meio de comunicação livre e multilateral, utilizam-se deste meio para buscar informações através de diversas fontes, ou seja, diversas linhas de pensamentos para só assim formarem sua opinião própria. 

Percebemos que Mino Carta não precisa da internet para obter a informação/notícia como ela realmente é, sem manipulação ou de forma tendenciosa. Isso por que sua profissão faz com que ele já esteja inserido no meio onde a informação nasce. Porém e as outras pessoas? Estas necessitam questionar as informações que chegam até elas e não o fazem. Por este motivo, já que não estamos próximos à gênese de uma informação, devemos buscar diferentes mídias e fontes de notícias para que, confrontando visões e opiniões, nós formemos o nossa própria opinião, visão e entendimento sobre um tema.


Um comentário:

Giuliano Di Sevo disse...

A luta da sociedade pela real democracia sempre vai ser subjugada pelo poder único. Seja dos patrões, seja do Estado.